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Sunday

Objectivos de Aprendizagem



Crises e revolução no século XIV 

Analisar a crise económica, social e política do século XIV na Europa e em Portugal, integrando as guerras fernandinas no contexto da Guerra dos Cem Anos; 

Integrar a revolução de 1383-1385 num contexto de crise e rutura, realçando os seus aspetos dinásticos e os confrontos militares, assim como as suas consequências políticas, sociais e económicas; 
Identificar/aplicar os conceitos: crise económica; quebra demográfica; peste; revolução.


Expansão e mudança nos sécs XV e XVI 


Localizar no tempo e no espaço o expansionismo europeu.

Compreender como é que o mundo era visto, então, pelos europeus.

Enumerar os motivos da expansão europeia.

Explicar a prioridade portuguesa no arranque da expansão.

Justificar a importância da caravela nas viagens de descoberta.

Mostrar o interesse de toda a sociedade portuguesa na expansão.

Explicar os interesses que estavam na base da expedição portuguesa a Ceuta.

Referir as principais razões do fracasso da expedição a Ceuta.

Destacar o papel desempenhado pelo Infante D. Henrique nos Descobrimentos.

Enumerar as principais fases da descoberta e exploração portuguesas

Comparar a política de conquistas de D. Afonso V com a política expansionista de D. João II.

Relaciona a rivalidade entre Portugal e Castela com a descoberta da América por Cristóvão Colombo.

Analisar a importância do Tratado de Tordesilhas.

Compreender a importância da chegada de Vasco da gama à Índia



Materiais

Friday

Interesses dos Grupos Sociais na Expansão

Mare Clausum

Mare Clausum

Com a assinatura do Tratado de Alcáçovas-Toled e sobretudo com a assinatura do Tratatdo de Tordesilhas a navegação nos oceanos ficava reservada , com a benção papal, a portugueses e espanhóis naquilo que ficou conhecido no direito internacional como Mare Clausum, ou Mar Fechado.
Esta política foi mal recebida por nações europeias como a França, Holanda e Inglaterra, que reivindicaram, apoderando-se dos mares pela força, pelo corso e pirataria de rotas, produtos e colónias, por intermédio das suas Companhias majestáticas, com objectivos militares e expansionistas. No entanto, só no séc XVII o direito internacional anularia as disposições consagradas em Tordesilhas opondo ao Mare Clausum o princípio do Mare LIberum.

O cheiro da canela


Até esta altura, as mercadorias orientais eram adquiridas na índia pelos muçulmanos, que as transportavam por mar através do Oce­ano índico, do Mar Vermelho e do Golfo Pérsi­co, seguindo depois em caravanas até aos portos do Mediterrâneo Oriental. Os mercado­res venezianos e genoveses iam aí comprá-Ias, vendendo-as depois em toda a Europa. Com esse lucro faziam a riqueza de muitas cidades italianas.



Estas mercadorias atingiam preços muito elevados pois passavam pelas mãos de vários intermediários. Os Portugueses, ao adquiri­-las directamente na origem, podiam vendê­-las mais baratas que os Venezianos e Genoveses e, ainda assim, com uma grande margem de lucro.
 

Tratado de Tordesilhas



Tratado de Tordesilhas

A descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492) levou a um grave conflito entre Portugal e Castela. D. João II reivindicou o direito às terras descobertas por se situarem nas áreas atribuídas a Portugal pelo acordo de Alcáçovas­-Toledo.
Em 1494, após demoradas negociações, Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo em duas grandes áreas de influência. Em cada uma delas, as potências ibéricas gozavam do exclusivo de navegação e comércio nas terras descobertas ou a descobrir. Instituía-se assim a doutrina do Mare Clausum, o mar fechado.

Materiais de Apoio

Ritmos e Rumos da Expansão

Fases da Expansão
Em 1460, à data da morte do infante D. Henrique, as caravelas portuguesas atingem o arquipélago de Cabo Verde e a Serra Leoa. Depois da sua morte, egue-se, até ao fim do reinado de D. Afonso V (em 1481), um período em que a coroa se interessa mais pelas conquistas do Norte de África do que pelas viagens de descoberta. Na verdade, o monarca entregou estas viagens a particulares. Em 1469, celebrou com o burguês lisboeta Fernão Gomes um contrato de arrendamento. Este comprometia-se a explorar a costa africana, em troca do exclusivo dos negócios para sul de Cabo Verde.

Condições e Motivações da Expansão


Crise económica e social

Painéis de S. Vicente de Fora, atribuídos ao pintor Nuno Gonçalves , Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

Os reflexos da crise económica-social europeia, combinando-se com as perturbações das guerras fernandinas com Castela e das guerras da independência (a paz com Castela só seria assinada em 1411), fazem convergir na nossa sociedade a dupla aspiração da nobreza a aumentar as suas terras e da burguesia a conquistar novos mercados.
V. Magalhães Godinho , A economia dos descobrimentos henriquinos


Uma crise, por mais grave que ela seja, não significa apenas morte e destruição. Também o é; mas não deixa de ser também uma oportunidade para a mudança. Com a crise do séc XIV , em Portugal, abria-se  a via para a aventura das descobertas.

Saturday

Aprendo Sozinho



Breve resumo sobre a expansão e algumas questões para resolver sobre a gesta da expansão

Descobrimentos Portugueses



  Contexto:  modo como estão ligadas entre si as diferentes partes de um todo organizado;

Grupos Sociais e Expansão



Conquista de Ceuta




A Acção de D.João II


Com D. João II (1481-1495), a coroa assume decididamente a política de expansão marítima: fortalece-se o domínio português a sul das Canárias através do tratado de Alcácovas- Toledo (1479-1480), explora-se economicamente a zona do Golfo da Guiné a partir da feitoria da Mina e intensifica-se a busca da passagem do Atlântico para o índico. Para atingir este último objectivo, avançam as viagens de Diogo Cão e de Bartolomeu Dias ao longo da costa africana; ao mesmo tempo, Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã procuram, por terra, recolher informações sobre a navegação e comércio no Índico e localizar o reino do Preste João.


Caminho percorrido pela expedição de V. da Gama (a preto). No mapa está também o caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde).


Materiais de Apoio

Conquista de Ceuta


A expedição a Ceuta

Era muito difícil a recuperação da agricultura, da indústria e do comércio, depois de uma crise tão grande e perniciosa como a que acontecera ao longo do século XIV. Crise tão grave que, em várias regiões da Europa, ainda não acabara. Prosseguia, ainda, a Guerra dos Cem Anos e, entretanto, os Turcos-Otomanos prolongavam, nas partes do Oriente, sobre os Balcãs, o amplo cerco que os Árabes faziam à Europa e que havia de culminar em 1453 com a tomada de Constantinopla.
Faltavam, à Europa, cereais e ouro. Mas sabia-se onde encontrar estas riquezas. Um dos lugares mais conhecidos e até mais próximos era Ceuta, praça do Norte de África e bom mercado onde che­gavam caravanas de negociantes do deserto do Sara.
D. João de Portugal concordou em organizar uma poderosa armada que fosse conquistar a próspera cidade marroquina. Eram mais de 200 navios pequenos e grandes, de velas ao ven­to! Nem todos chegaram ao destino porque o leme de muitos deles não resistiu à força da tempestade que os atirou para Algeciras. Porém, apesar do contratempo, a empresa foi um sucesso militar.

A. do Carmo Reis, Atlas dos Descobrimentos

A Aventura dos Descobrimentos


Jamais um grupo de homens conheceu tantas coisas novas sobre a Terra, em tão pouco tempo. Nos séculos XV e XVI , os europeus, tendo à frente portugueses e espanhóis, lançaram-se em pequeninas embarcações aos oceanos, aos “mares nunca dantes navegados”.
Descobriram, visitaram ou conquistaram quatro imensos continentes de povos e os colocaram em contacto entre si. Cada um dos quatro continentes, sozinho, era maior que a Europa inteira e possuía seus próprios animais e plantas, desconhecidos dos brancos, bem como suas próprias paisagens, climas, riquezas naturais, seus cheiros, sabores, cores (...)Para os europeus, foi um tempo de surpresas, tempo de espantos.
Os descobrimentos marítimos abriram um mundo novo, variado, surpreendente. Um mundo onde seria absolutamente necessário conviver com as diferenças, encarar o outro.

Depois disso a Terra não continuou a mesma: O conhecimento e a compreensão que os homens tinham do mundo não somente aumentou, como mudou. Começou um novo tempo na história da humanidade, tão novo que, para medi-lo, tornou-se necessário novos relógios.
AMADO, Janaína e GARCIA, Ledonias Franco. Navegar é preciso
Grandes descobrimentos marítimos europeus (adaptado)



Mapa dito de Mercator
(1512 - 1594)

Sunday


Ceuta, cidade no estrei­to Hercúleo, em frente de Gibraltar, foi uma das principais cidades no tempo dos Mouros, tanto em edifícios como em riqueza de mercadorias, que daqui partiam para toda a terra do Sertão. E estava em tanta prospe­ridade que quantos navios passassem pelo dito estrei­to, quer do Levante quer do Poente, tinham de amainar as velas, porque toda a nau que isto não fizesse as galés dos Mouros a seguiam e a tomavam.

(Valentim Fernandes, 1507 - adaptado)

El Hombre


D. João II
Lisboa, a 3 de Março de 1455) - (Alvor, a 25 de Outubro de 1495
( Está sepultado no Mosteiro da Batalha)


Filho de D. Afonso V, subiu ao trono em 1481, sendo certo que exercia já há alguns anos o poder de facto. Com efeito, as frequentes ausências do reino, por parte de D. Afonso V, põem-lhe nas mãos o governo do país.
Desde 1474 que dirigia a política atlântica, devendo-se à sua visão de governante, apesar de não ter ainda vinte anos, a instituição do mare clausum, princípio que estabelecia que o domínio dos mares estava ligado ao seu descobrimento. Na linha dessa política surge o tratado de Toledo de 1480, em que D. João II aceitando a partilha das terras do Atlântico pelo paralelo das Canárias, afasta a concorrência da Espanha em África e protege a mais tarde chamada rota do Cabo. Durante o seu reinado toda a costa ocidental da África foi navegada, dobrou-se o Cabo da Boa Esperança e preparou-se por terra com as viagens de Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva, a viagem de Vasco da Gama à índia, a que o monarca já não assistiria. Em 1494, assina-se o tratado de Tordesilhas, dividindo-se a terra em duas zonas de influência, a atribuir a Portugal e à Espanha. Dentro da zona de influência portuguesa ficava o Brasil, o que permite supor que o monarca tinha conhecimento da existência dessas terras.
No plano interno, a acção de João II orientou-se no sentido da centralização e fortalecimento do poder real, tendo reprimido duramente as conjuras dos nobres e abatido o poder das grandes casas do reino. De 1481 a 1485, são mortos ou presos D. Fernando, duque de Bragança, D. Diogo, duque de Viseu, D. Gutierres Coutinho, D. Pedro de Ataíde, Isaac Abravanel, D. Afonso, conde de Faro, D. Fernão da Silveira, Diogo Lourenço, Afonso Vaz, D. Álvaro, filho do duque de Bragança, Aires Pinto, bacharel João Afonso e José Abravanel. Tinha em grande conta a opinião dos povos, mas o seu conceito da autoridade real leva-o a só reunir cortes quatro vezes, durante o seu reinado. Quanto às relações externas, a sua actividade foi no sentido de criar laços de concórdia com os vários reinos, talvez com o intuito de se libertar de problemas que pusessem em dificuldades a política de expansão ultramarina. Alimentou o sonho de uma futura «monarquia ibérica», tendo conseguido contratar o casamento de seu filho D. Afonso com a primogénita dos Reis Católicos. A morte do infante veio, no entanto, deitar por terra estes planos. Manteve uma actividade diplomática intensa com vários países europeus, sendo de destacar a embaixada de Vasco de Lucena, enviada a Roma em 1485.
A última fase do reinado de D. João II está marcada pelo problema da sucessão do trono. Com a morte do infante D. Afonso, procura o rei habilitar ao trono o bastardo D. Jorge. No seu testamento, todavia, nomeia seu sucessor D. Manuel, irmão da rainha. Morre no Algarve em 1495, aceitando alguns historiadores a hipótese de ter sido envenenado.


Ver mais em : http://www.arqnet.pt/
Boa Esperança

Uma réplica exacta da caravela Boa Esperança, de Bartolomeu Dias que dobrou o Cabo das Tormentas (1487/88) ligando o Atlântico ao Indico e abrindo o caminho marítimo para a Índia.