Toda a riqueza do Oriente passava apenas por Portugal e ia fomentar o trabalho estrangeiro, que nos fornecia de todas as coisas. As enormes quantidades de dinheiro do comércio das Indias, de Malaca e do Oriente eram mal geridos, deficientemente orientados e, sobretudo, mal gastos. Em vez de um investimento no tecido produtivo do país optou-se por comprar ao estrangeiro o luxo que aqui se ostentava contribuindo para o desenvolvimento desses país. Em vez de se investir na construção naval optou-se por alugar barcos... a particulares e ao estrangeiro. Em vez de se procurar vender os prudutos trazidos do Oriente pelos mercados europeus esprávamos que os viessem buscar a Lisboa. Em 1549 abrirá falência a feitoria portuguesa de Antuérpia.
Portugal era apenas a placa giratória de todos os lucros da Rota do Cabo. Pegávamos na riqueza da Índia e íamos levá-la ao norte da Europa, à Flandres, à Holanda, à França e a Inglaterra.
Na gestão do comércio e dos negócios do reino não constava a política de fixação de riqueza, o reinvestimento na criação e desenvolvimento das actividades produtivas manufactureiras, de construção naval, de desenvolvuimento agrícola....
Não admira por isso que passados apenas 30 anos estivéssemos em enormes difuculdades económicas e financeiras.
"As fomes sucediam-se e era necessário endividar-se a Coroa para comprar cereais no mercado da Flandres. (...) Pediam-se empréstimos ao estrangeiro a juros altíssimos.
O País importava de Africa todos os anos, segundo diz um escritor, 338 000 moios de trigo e 670 000 de cevada. Em fins de 1543,deviam-se na Flandres somas enormes, além das que se tomavam em letras «a tão altos preços que se dobra a dívida em quatro anos".
Portugal era apenas a placa giratória de todos os lucros da Rota do Cabo. Pegávamos na riqueza da Índia e íamos levá-la ao norte da Europa, à Flandres, à Holanda, à França e a Inglaterra.
Na gestão do comércio e dos negócios do reino não constava a política de fixação de riqueza, o reinvestimento na criação e desenvolvimento das actividades produtivas manufactureiras, de construção naval, de desenvolvuimento agrícola....
Não admira por isso que passados apenas 30 anos estivéssemos em enormes difuculdades económicas e financeiras.
"As fomes sucediam-se e era necessário endividar-se a Coroa para comprar cereais no mercado da Flandres. (...) Pediam-se empréstimos ao estrangeiro a juros altíssimos.
O País importava de Africa todos os anos, segundo diz um escritor, 338 000 moios de trigo e 670 000 de cevada. Em fins de 1543,deviam-se na Flandres somas enormes, além das que se tomavam em letras «a tão altos preços que se dobra a dívida em quatro anos".
(António Sérgio, Breve Interpretação da História de Portugal)
No comments:
Post a Comment