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OPINIÃO DE UM FILÓSOFO ALEMÃO SOBRE A REVOLUÇÃO FRANCESA

Eugène Delacroix
La liberté guidant le peuple (1830)


A Revolução Francesa é um aconteci­mento demasiado ligado aos inte­resses da Humanidade e cuja in­fluência se espalhou de tal manei­ra por todas as partes do mundo, para que não venha à memória dos povos, ao mínimo sinal de circuns­tâncias favoráveis, para os estimu­lar a novas tentativas do mesmo género.

E. Kant, Projecto de Paz Perpétua (1795)

Árvore da Liberdade

As “Árvores da Liberdade” são o símbolo do triunfo da revolução, iniciada na tomada da Bastilha , sobre o Antigo Regime e os seus privilégios e desigualdades. Para legalizar e institucionalizar este símbolo, um decreto da Convenção de 23 de Janeiro de 1794 ordena que em todas as sedes de concelho se plante uma árvore com raízes. A mais frequente era o choupo de Itália que representava a ideia de igualdade. Ainda hoje, a plantação de “Árvores da Liberdade” por parte dos municípios franceses se mantém .


Calendário Revolucionário




Para marcar bem que uma nova era havia começado, os revolucionários franceses aboliram o tradicional calendário gregoriano e apresentaram um novo calendário. Instituído em 1792, compunha-se de 12 meses de 3 dias, distribuídos em três décadas. O dia foi dividido em 10 horas de 100 minutos, cada minuto com 100 segundos. Aos 360 dias acrescentava-se, anualmente, 5 dias complementares, e um sexto a cada quadriénio. Os nomes dos meses eram inspirados nos aspectos das estações na França:

Vendémiaire-----setembro-outubro
Brumaire-----outubro-novembro
Frimaire-----novembro-dezembro
Nivôse-----dezembro-janeiro
Pluviôse-----janeiro-fevereiro
Ventôse-----fevereiro-março
Germinal-----março-abril
Floréal-----abril-maio
Prairial-----maio-junho
Messidor-----junho-julho
Thermidor-----julho-agosto
Fructidor-----agosto-setembro


Este calendário vigorou de 22/9/1792 a 1/1/1806, quando Napoleão I ordenou o restabelecimento do calendário gregoriano. Foi recuperado anos mais tarde durante a Comuna de Paris em 1871.