Thursday

O capitalismo comercial


Embora Portugal e Espanha tivessem alcançado grandes lucros com o comércio marítimo colonial, esses lucros não foram investidos de forma a desenvolver a agricultura e a indústria manufactureira nacionais e, assim, a fomentar o progresso desses Estados. Pelo contrário, a burguesia dos países do Norte da Europa, activa e empreendedora, aproveitou os lucros obtidos com o comércio colonial para os reinvestir no comércio ou apli­car no desenvolvimento de manufacturas e da agricultura. Parte da produção resultante dessas actividades era depois exportada, contribuindo para criar mais riqueza. Assim, alguns países do Norte da Europa conseguiram enriquecer, principalmente através do comércio.
O grande desenvolvimento mercantil deu origem ao capita­lismo comercial, ou seja, à acumulação de capitais que provinha dos lucros da actividade do comércio.

Para que o capitalismo comercial prosperasse, criaram-se ou desenvolveram-se, inicialmente em alguns países do Norte da Europa, novos instrumentos financeiros, tais como:companhias de comércio, bolsas de valores e bancos.

Wednesday

Objectivos de Aprendizagem





Localizar os principais focos de difusão cultural nos séculos XV e XVI.

Explicar as condições que favoreceram o surgimento do Renascimento na Itália.

Compreender os conceitos: Dogmatismo, Renascimento, Espírito Crítico, Antropocentrismo, Individualismo, Humanismo, Reforma, Protestantismo

Descrever as características do Humanismo renascentista.

Caracterizar a nova mentalidade do homem renascentista

Compreender a importância da imprensa na divulgação dos novos valores e atitudes no campo do pensamento e da literatura.

Identificar as principais figuras do humanismo e da literatura renascentista europeia e algumas das respectivas obras.

Relacionar o desenvolvimento da curiosidade face à Natureza com o espírito crítico renascentista e com as grandes viagens marítimas.

Mencionar os progressos do conhecimento nos séculos XV e XVI.

Caracterizar genericamente a arte renascentista.

Salientar o carácter inovador e a riqueza formal dessa arte.

Reconhecer a originalidade da arte manuelina.

Descrever as condições e factores da Reforma Protestante.

Destacar os princípios fundamentais em que divergem Católicos e Protestantes.

Distinguir na resposta da Igreja Católica ao Protestantismo uma dupla acção de Reforma e de Contra-Reforma.

Destacar as principais medidas tomadas pela Contra-Reforma.

Avaliar a acção da Contra-Reforma na Península Ibérica.

Monday

Boas Férias!


Leonardo da Vinci
A Virgem dos Rochedos
Paris-Louvre

Wednesday

Rafael Sanzio

RETÁBULO DO CORDEIRO MÍSTICO (FECHADO), 3,50 x 2,23 m
(Altar da Catedral de Saint Bavon, Gand)
1432

RETÁBULO DO CORDEIRO MÍSTICO (ABERTO), 3,50 x 4,61 m
(Altar da Catedral de Saint Bavon, Gand)
1432

O tríptico pintado por Jan Van Eyck , também conhecido por "O Cordeiro Místico" é uma das peças mais emblemáticas e famosas da Renascença do norte da Europa. Aqui podes vê-lo em pormenor .

Saturday

Thursday

OPINIÃO DE UM FILÓSOFO ALEMÃO SOBRE A REVOLUÇÃO FRANCESA

Eugène Delacroix
La liberté guidant le peuple (1830)


A Revolução Francesa é um aconteci­mento demasiado ligado aos inte­resses da Humanidade e cuja in­fluência se espalhou de tal manei­ra por todas as partes do mundo, para que não venha à memória dos povos, ao mínimo sinal de circuns­tâncias favoráveis, para os estimu­lar a novas tentativas do mesmo género.

E. Kant, Projecto de Paz Perpétua (1795)

Árvore da Liberdade

As “Árvores da Liberdade” são o símbolo do triunfo da revolução, iniciada na tomada da Bastilha , sobre o Antigo Regime e os seus privilégios e desigualdades. Para legalizar e institucionalizar este símbolo, um decreto da Convenção de 23 de Janeiro de 1794 ordena que em todas as sedes de concelho se plante uma árvore com raízes. A mais frequente era o choupo de Itália que representava a ideia de igualdade. Ainda hoje, a plantação de “Árvores da Liberdade” por parte dos municípios franceses se mantém .


Calendário Revolucionário




Para marcar bem que uma nova era havia começado, os revolucionários franceses aboliram o tradicional calendário gregoriano e apresentaram um novo calendário. Instituído em 1792, compunha-se de 12 meses de 3 dias, distribuídos em três décadas. O dia foi dividido em 10 horas de 100 minutos, cada minuto com 100 segundos. Aos 360 dias acrescentava-se, anualmente, 5 dias complementares, e um sexto a cada quadriénio. Os nomes dos meses eram inspirados nos aspectos das estações na França:

Vendémiaire-----setembro-outubro
Brumaire-----outubro-novembro
Frimaire-----novembro-dezembro
Nivôse-----dezembro-janeiro
Pluviôse-----janeiro-fevereiro
Ventôse-----fevereiro-março
Germinal-----março-abril
Floréal-----abril-maio
Prairial-----maio-junho
Messidor-----junho-julho
Thermidor-----julho-agosto
Fructidor-----agosto-setembro


Este calendário vigorou de 22/9/1792 a 1/1/1806, quando Napoleão I ordenou o restabelecimento do calendário gregoriano. Foi recuperado anos mais tarde durante a Comuna de Paris em 1871.

Mas o que é que isto tem a ver com a Revolução Agrícola e Industrial?



Jethro Tull

Monday

Galileu


Galileu descobriu as leis da queda dos corpos. Hoje, conhecemos as leis da queda dos corpos e achamo-las naturais. Há três séculos e meio, os cientistas ficaram chocados quando Galileu declarou que uma pedra pesada e uma pedra leve caíam com velocidades iguais. Dois mil anos antes, Aristóteles tinha afirmado que uma pedra de 2 quilos cairia duas vezes mais depressa que uma pedra de um quilo. Os outros professores da Universidade de Pisa, onde Galileu leccionava, mantinham que como Aristóteles era sábio e bom, ninguém devia duvidar dos seus ensinamentos. Galileu insistiu calorosamente em que os homens deveriam acreditar no que viam.
Convenceu os professores a acompanhar as suas experiências e levou-os à torre inclinada de Pisa. Aí, deixou cair uma grande pedra juntamente com outra pequena do balcão mais alto da torre. As pedras chegaram juntas ao solo e o "seu impacto soou como o toque de finados da autoridade pela fama” em Física. Desde então, aprendemos a apoiar-nos cada vez mais na experiência e a fazer experiências para descobrir a verdade. A experiência de Galileu marca o nascimento da Física moderna.
Luneta de galileu

EXPERIMENTAR PARA SABER

O homem, intérprete da Natureza, apenas alcança o co­nhecimento na medida em que descobrir a ordem natural das coisas, através da observação ou da reflexão […].
Existem apenas dois caminhos para chegar ao conheci­mento. O primeiro parte das sensações e dos fenómenos particulares e tenta chegar de uma só vez aos princípios ou leis gerais. O segundo parte igualmente da observação de fenómenos particulares mas percorre o caminho muito mais lentamente, numa marcha gradual, sem saltar qualquer degrau, até chegar a conclusões gerais. Este último é o único método verdadeiramente eficaz e nunca foi pratica­do até hoje. [...]
A forma de fazer efectivamente avançar as ciências é rea­lizar inúmeras experiências [...] indispensáveis para desco­brir as causas dos fenómenos e as suas leis gerais. [...] As descobertas científicas só devem ser aceites se forem rela­tadas por escrito e se tiverem seguido este método.

Francis Bacon, Novum Organum (1620)

Poema para Galileo


Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste. Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar - que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça sem a menor hesitação ­
que os corpos caem tanto mais depressa quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
Com a mesma rapidez que um botão de camisa ou
que um seixo da praia? Esta era a inteligência que Deus nos deu.


Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se estivesse tornando num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.
Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas - parece-me que estou a vê-las-,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.

E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor
que era tudo tal e qual conforme suas eminências desejaram,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu
pensamento livre e calma, aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e escrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai, Galileo!
Mal sabiam os teus doutos juízes, grandes senhores
deste pequeno mundo que assim mesmo, empertigados nos seus
cadeirões de braços, andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisavam de
sofrer, homens ditosos a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos, enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas, foram caindo,
caindo caindo caindo
caindo sempre,
e sempre
ininterruptamente,
na razão directa dos quadrados dos tempos.

ANTÓNIO GEDEÃO, Obra Poética

Tuesday

Sunday

Arquitectura Renascentista

Chambord, França

Saturday


Monday



3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314.
(Enviado por e-mail)

Saturday

Porque hoje é sábado...

Monday


Piero della Francesca, Frederico, Duque de urbino


O INTERESSE PELA ANTIGUIDADE
O duque de Urbino, entre várias coisas louváveis, edificou um palácio, o mais belo de toda a Itá­lia, no dizer dos conhecedores. Encheu-o não apenas daquilo que se usa habitualmente, como por exemplo taças de prata, ricos cortinados de seda e de ouro, e outro mobiliário semelhante, mas também ali reuniu uma infinidade de estátuas antigas, de mármore e de bronze, as pinturas mais célebres, e uma grande quantidade de instrumen­tos de música; e não quis ali senão as coisas raras e belas. Em seguida, com grandes despesas, juntou um grande número de excelentes livros, gregos, la­tinos e hebraicos, considerando que ali estava a inestimável pérola do seu vasto palácio.
Baltazar Castiglione, O Cortesão (1528)

Friday

Porque Hoje é Sexta...


Mar tenebroso

O rugido da vagas batendo contra os pe­nhascos ouve-se a muitas milhas de distância. Quando sopram os ventos de oeste, a altura das ondas na costa pode exceder 15 m. De Outubro a Abril são vulgares os nevoeiros es­pessos. Para um marinheiro medieval, com longa prática de escutar todo o género de nar­rativas fabulosas sobre o Mar Tenebroso e o fim do Mundo, essa linha de costa traiçoeira e deserta anunciava sem dúvida alguma o limi­te da navegação possível. O longo promontó­rio do cabo Bojador, penetrando com profundidade no mar, mostrava claramente onde se encontrava a barreira. Quem ousaria passar além?
A. H. de Oliveira Marques, História de Portugal,

Thursday

PADRÃO


O esforço é grande e o homem é pequeno. Eu, Diogo Cão, navegador, deixei Este padrão ao pé do areal moreno e para diante naveguei. A alma é divina e a obra é imperfeita. Este padrão sinala ao vento e aos céus que, da obra ousada, é minha a parte feita: O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano ensinam estas Quinas, que aqui vês, que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português.
Fernando Pessoa, Mensagem


Escravatura


A escravatura e o tráfico de escravos não são apenas uma página negra que a Europa escreveu a partir do séc.XVI e até finais do séc. XIX. São uma realidade escondidada que persiste e resiste a todo o progresso e civilização que, de então para cá, a humanidade foi construindo. Escravos dos dias de hoje podem ser encontrados no Sudão, na Índia, no Haiti ou no Sul do Paquistão, para apenas mencionar alguns. De Acordo com a Anti-Slavery International , a mais antiga organização dos direitos humanos, são cerca de 20 milhões de seres humanos privados de quaisquer direitos ou dignidade. Milhões deles têm a tua idade.