O duque de Urbino, entre várias coisas louváveis, edificou um palácio, o mais belo de toda a Itália, no dizer dos conhecedores. Encheu-o não apenas daquilo que se usa habitualmente, como por exemplo taças de prata, ricos cortinados de seda e de ouro, e outro mobiliário semelhante, mas também ali reuniu uma infinidade de estátuas antigas, de mármore e de bronze, as pinturas mais célebres, e uma grande quantidade de instrumentos de música; e não quis ali senão as coisas raras e belas. Em seguida, com grandes despesas, juntou um grande número de excelentes livros, gregos, latinos e hebraicos, considerando que ali estava a inestimável pérola do seu vasto palácio.
Baltazar Castiglione, O Cortesão (1528)
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